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          O que é Logística reversa: Conceito e exemplos para você entender de uma vez!

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          logística reversa conceito

          Nesse texto, a Guarde Mais vai ajudar você a entender o que é logística, o que é a logística reversa e como ela pode proporcionar ganhos para as empresas e ajudar a identificar oportunidades.

          O que é logística?

          A logística é uma especialidade da administração com a qual temos contato quase diário.

          Por exemplo, pense quando você vai ao supermercado. Todos os produtos que se encontram nele chegaram às prateleiras de acordo com a logística estabelecida pelos produtores levando em consideração a demanda do estabelecimento.

          Mas não é apenas nas prateleiras de um supermercado que podemos ver a logística em ação.

          Na realidade, a logística é uma das atividades mais antigas praticadas pelo ser humano. Construção de grandes obras do passado, deslocamentos de exércitos até os campos de batalha, estoque de alimentos para as estações mais frias do ano. Todas essas ações requerem um planejamento logístico.

          Agora você já sabe o que é a logística na prática. Mas e na teoria, como podemos definir logística?

          Podemos definir a logística como a disponibilização de bens e serviços gerados por uma sociedade. E isso precisa ser feito de acordo com os locais, no tempo, nas quantidades e na qualidade necessários a quem irá utilizá-los.

          Ainda na dúvida? Que tal dar uma olhada nessa postagem completa sobre logística?

          Conceito de logística reversa

          Tendo em mente o conceito de logística fica mais fácil de conceituar a logística reversa. Como o próprio nome já aponta, o processo da logística reversa segue o caminho oposto ao da logística convencional.

          Assim, invés de buscar entregar o produto ao cliente, na logística reversa o produto é fornecido pelo cliente.

          Pode parecer simples, mas o conceito tem uma importância cada vez mais crescente em nossa sociedade.

          A Lei Nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), traz em seu artigo 3º, inciso XII, uma definição de logística reversa que ajuda a compreender a importância do conceito.

          Segundo a lei, a logística reversa é um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação ambiental adequada”.

          A razão de encontrarmos a logística reversa na PNRS se dá pela razão de que essa lei instituiu a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

          Com o objetivo de minimizar os o volume de resíduos e rejeitos gerados, além de reduzir os impactos à saúde humana e ambiental decorrente do ciclo de vida dos produtos, a correta destinação dos resíduos recai sobre toda a sociedade: indústria, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

          Como funciona a logística reversa?

          Como apontamos, a lógica reversa segue um fluxo diverso da lógica empresarial convencional, iniciando com o consumidor.

          Assim, o primeiro passo para uma estratégia bem sucedida de logística inversa é a conscientização do consumidor sobre as opções adequadas de descarte do material.

          Nesse caso, campanhas informativas são um instrumento que apresenta grande eficiência para quem deseja incutir no consumidor que a responsabilidade de descarte adequado também é responsabilidade dele.

          Surgem então duas possibilidades para empresa: ela pode oferecer os meios para que o próprio consumidor dê um fim adequado ao produto ou então solicitar que ele seja devolvido à companhia.

          No primeiro caso, podemos citar como exemplo de estratégia de logística reversa a reutilização de pneus para criação de canteiros ou para a decoração.

          Já no segundo caso, de quando o produto deve retornar para a empresa, o primeiro passo deve ser a criação de meios para que o consumidor possa fazer essa devolução da maneira mais cômoda possível.

          Um exemplo é a criação de postos de coleta periódicos em locais de grande circulação, ou, para objetos de dimensões maiores, oferecer possibilidades que se adequem a sua estratégia de negócio.

          Mas esse é apenas um dos passos no ciclo da logística reversa. Concluída a coleta, a empresa terá então que estabelecer a forma de descarte adequada.

          De maneira geral, isso pode ser feito de duas maneiras. Em primeiro lugar, pode-se optar por descartar os materiais em aterros sanitários. Certamente, essa não é a opção mais ecologicamente correta. Porém, em alguns casos, é a melhor solução, principalmente quando não é possível dar outra vida ao material.

          A segunda opção é optar pela reciclagem. Essa é a solução considerada mais adequada, pois além de oferecer uma nova vida ao material também reduz os impactos no meio ambiente dos processos de produção.

          Caso queira saber mais sobre gestão logística, confira nesse artigo que preparamos.

          Exemplos de logística reversa

          Como exemplo podemos citar mais uma vez os pneus. Mas nesse caso, diferentemente do primeiro exemplo, temos a situação em que a responsabilidade do descarte e manejo adequado é da indústria.

          Os pneus demoram muito tempo para se degradarem no meio ambiente. Além disso, o descarte inadequado cria problemas de saúde pública, pois os pneus podem facilmente acumular água e se tornar um foco de transmissão da dengue e outros vetores de doenças.

          Em razões dos problemas gerados pelo descarte inadequado de pneus, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), entidade que representa os fabricantes de pneus novos no Brasil, iniciou, em 1999, o Programa Nacional de Coleta e Destinação Pneus Inservíveis.

          Em 2007, as empresas brasileiras e pneus criaram a Reciclanip, que acabou sendo considerada uma das maiores iniciativas brasileiras na área de logística reversa.

          Os pneus inservíveis coletados pelo projeto (em 2017 haviam 1053 postos de coleta em todo o Brasil), apresentam 4 principais formas de destinação que ajudam a elucidar com exemplos a logística reversa:

          • Co-processamento: utilizados em substituição ao coque de petróleo como combustível alternativo em fornos de cimenteira.
          • Artefatos de borracha: é possível dar uma segunda destinação para a borracha dos pneus. Tapetes para automóveis, pisos industriais e pisos para quadras poliesportivas são alguns exemplos.
          • Asfalto-borracha: consiste na adição à massa asfáltica de pó de borracha da trituração de pneus. Esse asfalto tem uma vida útil maior, gera menos ruído e oferece mais segurança aos usuários das rodovias.
          • Laminação: fabricação de percintas para indústrias moveleiras, solas de calçado, dutos de águas pluviais e outros.

          O sucesso do projeto foi tão grande que em 2016 o Relatório de Pneumáticos do Ibama mostra que a meta de destinação correta de pneus foi superadas em mais de 100%. Ao todo, nesse ano 457.533 toneladas de pneus inservíveis foram destinados de forma ambientalmente correta. A sociedade toda se beneficia.

          Por que a logística reversa é importante?

          A logística reversa possui um papel fundamental para a sustentabilidade do meio ambiente.

          Além disso, empresas que possuem um plano adequado para o descarte consciente dos resíduos e rejeitos gerados pelos equipamentos ou embalagens mostram ao consumidor que assumem um papel ativo na conservação e preservação do meio ambiente.

          Isso ajuda a mostrar ao cliente que a consciência ambiental norteia os processos de produção ao fazer parte do comportamento estratégico da empresa, agregando valor à marca e destacando-a em um cenário cada vez mais competitivo.

          Mais que isso, a logística reversa é importante para as empresas por ser uma obrigação legal instituída pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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          É claro que, como apontamos, a destinação adequada de resíduos não é uma responsabilidade apenas da empresa. Ao contrário, há uma responsabilidade compartilhada de toda a sociedade em que cada etapa apresenta grande importância para o sucesso da logística reversa.

          Assim, é importante também investir na conscientização do consumidor sobre o que deve ser feito com os resíduos gerados pelo seu produto para o descarte adequado e sustentável. Para isso, é possível investir em ações de marketing que ajudem na difusão de pontos de descarte.

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